quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A descoberta

Olá meus leitores :)
Que saudade de vocês, andei meio sumida, mas estou de volta hehe. Hoje trago para vocês um conto (estou apaixonada por contos!!) que eu já tinha feito e dei uma sofisticada. Espero que gostem.


A descoberta 

A menina brincava no jardim. Era muito curiosa, gostava de estudar e adorava ir a escola, mas não gostava de ler. Vendo seu irmão lendo tantos livros, decidiu ir ao seu quarto escondido, para que ele não a visse bisbilhotando suas coisas. Logo ela viu um imenso livro e decidiu  abri-lo para descobrir o que tinha nele, fazendo com que estivesse sempre guardado em um cantinho especial, ao alcance de seu leitor .
O livro não tinha nada de encantador, nada de diferente. Não entendendo seu mistério, sentiu o cheirinho do livro novo, ansiosamente começou a lê-lo, mas para seu desespero seu irmão, o dono daquele imenso livro que cheirava tão bem, entrou no quarto.
A menina ficou estupefata. Seu irmão olhou dela para o livro duas vezes, a menina pensando com seus botões, resolveu optar por contar a verdade. Terminando de contar o que tinha ocorrido olhou para ele, com as bochechas vermelhas e suando frio, temendo sua reação. Para seu contentamento seu irmão apenas sorriu e perguntou:
- Minha irmãzinha quer ouvir o motivo que me faz gostar tanto deste livro e dos demais?
- Sim, eu quero. Respondeu a menina balançando seus pés, ansiosamente.
- Então trate de fechar seus olhos. Recomendou o irmão experiente em livros.
Depois de um leve sorriso a menina obedeceu, fechando os olhinhos. Seu irmão contou-lhe que quando tinha sua idade, seu tio lhe deu o primeiro livro. Era surrado, mas continha letras miúdas que pareciam dançar de um lado para o outro.
O menino intrigado queixou-se para a mãe, que bondosamente lhe explicou que as letras estavam dançando por que ele não sabia ensiná-las a se comportarem e formarem palavras. A mãe ensinou-o e depois de algum tempo de estudo e dedicação estava devorando livros, conhecendo bibliotecas e livrarias, tornando-se um ótimo professor e administrador de letras.
-Bruno, você virou ensinador de letras? Maria interrompeu.
- Não minha querida Maria, eu me transformei em um leitor.
Maria entendeu que Bruno não ligava para aparências e sim pelo conteúdo que os livros nos proporcionavam. Os livros nos faziam viajar, conhecer lugares novos, sem sair do lugar só pela imaginação, isso era incrível!
Bruno vendo sua admiração pelos livros perguntou:
- O que acha de levarmos alguns livros para seu quarto, para poder viajar antes de dormir?
A menina não respondeu, apenas abraçou-o num gesto de agradecimento pela descoberta feita naquela noite. A menina nunca esqueceu que ler era bom e que às vezes qualquer livro velho pode nos ensinar a voar, se acreditarmos.

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