segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Falando sozinha

Boa noite meus queridos escritores! A cerca de três dias atrás estava deitada na minha cama, ouvindo música, algumas eram bem sentimentais, fazendo com que me desce uma vontade imensa de escrever esta carta. Bom, sinceramente eu não sei de onde veio estas palavras, pois nunca passei por nenhuma experiência parecida. Eu gostei desta carta, pois remete um amor tão sensível e verdadeiro, tão esperado por mim. Espero que vocês gostem, confesso que ela ficou muito extensa, mas vale a pena ler hehe, se não gostarem por favor me contem ;) Beijos, Nati.

                                   Falando sozinha



            Seu beijo doce se foi, como um trovão amaldiçoado. Você foi como o clarão antes do raio assustador. Como a brisa refrescante antes da escuridão daquelas noites escuras, em que meus medos se transformavam em formas assustadoras, andando pelas ruas, fazendo com que meu coração saísse pela boca, mas você estava ali e nada chegaria perto para me prejudicar, seus dedos estavam entrelaçados aos meus. Você foi por tanto tempo meu garoto preferido, meu sonho, minha felicidade.
Agora o que me resta é lembrar de tudo o que me faz acreditar que foi real, que você foi real. Você sempre estará na minha memória, sua risada rouca e abafada ecoa em meus ouvidos me causando aquele arrepio casual, aquele, meu amor, que você sorria ao ver como você me deixava a tocar minha pele, a beijar delicadamente minha bochecha. Você se lembra? Bem, eu me lembro como poderia esquecer? Eu ainda sinto seu beijo calmo me tirando da realidade, oh como eu sinto sua falta!
Eu me pergunto Rodrigo se você está me protegendo, se eu poderia sentir seu toque novamente, se é possível ouvir seus passos vindo ao meu encontro, eu preciso desesperadamente de seu abraço protetor. Por favor, me diga que isso não passa de um pesadelo de uma garota agitada. Você diria? Eu sei que diria.
Eu preciso olhar em seus olhos escuros como a noite, só esta noite. Me acorde e me diga que o café está servido, que isso tudo é uma mera mentira, contada para assustar crianças arteiras.
Estou aqui na frente deste papel manchado por lágrimas, falando sozinha. Quem diria que aquela menina forte, metidinha, estaria aos pedaços? Quem diria que você ia me transformar em uma garota tão frágil, totalmente perplexa por seus encantos? Eu ainda sou a Mariana que você conheceu aquela menina que morava no final da sua rua, só que agora não tenho mais 17 anos, um ano se passou, estou prestes a ir para faculdade, realizar meu sonho, mas o que importa se eu não tenho mais você? Não tenho mais meu Capitão Rodrigo?
Se você soubesse que estou escrevendo em vão, você se indignaria. Você não suportaria ver meus olhos, seus olhos acabados. Eu sei que você não verá e muito menos lerá. Você não acreditaria se eu te contasse, que após receber a notícia que você tinha ido, tinha partido, eu liguei para seu celular, liguei tantas vezes acreditando que você atenderia e eu ouviria sua voz. Não foi sua voz que eu ouvi, foi a voz gravada, aquela voz chatinha da sua operadora dizendo que seu número não existia, assim como você. Mas digitar seu número, fazia-me sentir mais viva, me fazia lembrar das vezes que passamos horas conversando, me fez lembrar das vezes que tocastes minha música preferida, eu não poderia ver seu sorriso, mas eu escutava sua voz suave.
Agora veja só, eu tenho o seu violão aqui a meu alcance, mas eu não consigo fazê-lo funcionar, para você era tão fácil da mesma maneira que era tão fácil te amar. Ele é uma lembrança que eu tenho, a qual olho todos os dias, o coitado tolera minhas lágrimas, que caem pesadas e dolorosas. Você não as enxuga você não me faz cócegas para parar de chorar.
Mas me diga, se você lê-se esta carta, diria que este texto que a faz existir, é bom o suficiente para ser postado no blog?
Volte e tire meus pés deste solo inútil, desta realidade deprimente, volte e me tire desta dor que deixa meu corpo doente.

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